Líder do PL quer reconhecer Brasil e Israel como “nações irmãs”
Últimas atualizações em 24/06/2025 – 17:15 Por Gazeta do Povo | Feed
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta terça-feira (24) um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que busca reconhecer oficialmente a aliança “histórica, diplomática e espiritual” entre Brasil e Israel. O texto, segundo o parlamentar, é uma resposta à postura do governo Lula, que tem adotado um tom mais crítico em relação ao atual governo israelense e evitou sancionar datas comemorativas da amizade entre os dois países.
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“Hoje protocolarei no Congresso Nacional um PDL que reconhece oficialmente a aliança histórica, diplomática e espiritual entre Brasil e Israel”, escreveu Sóstenes em publicação nas redes sociais. “Nossa aliança é inquebrável. Está selada na história e na bênção de Deus.”
Entre os principais pontos do projeto, estão:
- Declaração de que Brasil e Israel são nações irmãs, com base em valores judaico-cristãos;
- Reconhecimento de uma aliança que transcende governos, centrada na fé, liberdade e democracia;
- Comunicação formal da declaração ao Parlamento de Israel (Knesset), à Embaixada de Israel no Brasil, ao Itamaraty e à Organização das Nações Unidas (ONU).
A iniciativa tem forte caráter simbólico e político, com o objetivo de marcar posição frente à atual política externa brasileira. Nos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas públicas à atuação de Israel na Faixa de Gaza, o que gerou atritos diplomáticos e reações internas.
A proposta também retoma o debate em torno do Dia da Amizade Brasil-Israel, data que havia sido aprovada pelo Congresso mas que o governo se recusou a sancionar, segundo o deputado. “É uma resposta clara e firme ao desconforto ideológico do governo”, afirma Sóstenes.
O gesto fortalece a linha conservadora da oposição, que tem no apoio a Israel um de seus pilares ideológicos, especialmente entre evangélicos. A relação entre os dois países foi intensificada nos governos anteriores, especialmente durante a gestão Bolsonaro, que teve forte aproximação com o governo Netanyahu.
Se aprovado, o PDL terá efeito declaratório, sem força de lei, mas com repercussões políticas e diplomáticas. O Itamaraty ainda não se manifestou sobre o projeto.
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