Os republicanos que estão contra a ofensiva dos EUA contra o Irã
Últimas atualizações em 23/06/2025 – 18:14 Por Redação GNI
O ataque dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, autorizado pelo presidente Donald Trump e realizado no sábado (21), escancarou um racha dentro do Partido Republicano. Parlamentares republicanos, tanto os ligados ao movimento conservador de Trump, o “Make America Great Again (MAGA)”, quanto os que não são, bem como outros nomes com certa influência na legenda de direita dos EUA, têm se posicionado publicamente contra o envolvimento militar americano no conflito contra o regime iraniano.
Entre os principais republicanos críticos da ofensiva, destacam-se:
- Marjorie Taylor Greene (deputada da Geórgia):
Uma das vozes mais ativas do movimento MAGA no Congresso, Greene defende que os EUA não devem se envolver em novas guerras no exterior. Ela afirma que o governo deveria priorizar “problemas internos, como a economia e a saúde”, e declarou: “Esta não é a nossa guerra”. - Thomas Massie (deputado do Kentucky):
Massie apresentou uma resolução para barrar qualquer intervenção sem autorização legislativa, ressaltando que apenas o Congresso pode autorizar o uso da força. Ele também disse nas redes sociais que “Esta não é a nossa guerra”. - Warren Davidson (deputado do Ohio):
Davidson questionou a base legal para o ataque contra o Irã, afirmando ser “difícil conceber uma justificativa constitucional” para a operação americana realizada no sábado, e pediu mais transparência do governo Trump sobre os riscos do envolvimento militar dos EUA. - Tim Burchett (deputado do Tennessee)
Burchett criticou publicamente seus demais colegas republicanos favoráveis à intervenção no conflito entre Israel e Irã, chamando-os de “exploradores de guerra”. - Rand Paul (senador do Kentucky):
Rand Paul já se manifestou em outras ocasiões contra ações militares sem aprovação do Congresso e alertou publicamente desta vez para os perigos de um novo conflito no Oriente Médio. Ele se posicionou contra a recente ação americana no Irã, mas disse que o país persa não pode ter uma bomba nuclear.
Além desses parlamentares, figuras influentes da direita americana, e ligadas ao Partido Republicano, também se opuseram à ação militar, entre eles estão:
- Tucker Carlson (comentarista):
Em seu programa na internet, Carlson criticou a escalada militar e afirmou que ela “só beneficia o establishment de Washington, não o eleitor americano comum” de Trump. - Steve Bannon (ex-estrategista de Trump):
Bannon usou seu podcast para alertar que grande parte da base de Trump rejeita a ideia de envolver tropas americanas em guerras no Oriente Médio e defendeu o foco em questões internas.
Apesar das críticas e da resistência de alguns nomes de destaque do movimento MAGA no Parlamento e na mídia, a maior parte da bancada republicana no Congresso se alinhou ao presidente Trump após os ataques contra o Irã. No Senado, o perfil oficial dos republicanos publicou no X que “o presidente Trump tomou a decisão correta e somos gratos por sua liderança. O Irã é um regime terrorista que jamais pode obter armas nucleares. Os republicanos do Senado apoiam o presidente Trump”.
Na Câmara dos Deputados, a conta oficial do grupo republicano no X também compartilhou diversas manifestações de parlamentares da sigla em defesa da ofensiva ordenada por Trump, sinalizando que o apoio à ação do chefe da Casa Branca predomina entre os republicanos no Legislativo.
Gazeta do Povo
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