Após críticas a ataque ao Irã, EUA cobram América Latina
Últimas atualizações em 23/06/2025 – 20:32 Por Gazeta do Povo | Feed
O governo dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira (23) que os países da América Latina “precisam decidir de que lado estão”, depois que se dividiram sobre a ofensiva americana no domingo (22) contra instalações nucleares do Irã.
Segundo informações do jornal Buenos Aires Herald, uma alta funcionária do Departamento de Estado americano, cujo nome não foi divulgado porque se tratava de uma coletiva de imprensa apenas informativa para veículos de língua espanhola, reiterou o argumento da gestão Trump de que os regimes da Venezuela, Nicarágua e Cuba, aliados do Irã, são “inimigos da humanidade” e chamou a atenção de outros governos latino-americanos.
“Hoje é um ótimo momento para os países da região decidirem de que lado estão: se vão apoiar um regime que é um Estado promotor do terrorismo ou qual outra posição vão adotar”, afirmou a funcionária. “Esta é uma decisão que cada país deve considerar.”
A entrevista coletiva antecipou temas da 55ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que será realizada nesta semana em Antígua e Barbuda.
Após os bombardeios dos Estados Unidos a usinas de enriquecimento de urânio do Irã, o governo Lula afirmou em nota que os ataques representavam uma “violação da soberania do Irã e do direito internacional”.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi na mesma linha, ao descrever a ofensiva como “um ato criminoso que violou o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e até mesmo ignorou as leis dos EUA, colocando em risco a vida e a paz”.
Por sua vez, o presidente argentino, Javier Milei, comemorou os ataques e disse que o Irã “é inimigo da Argentina”, e o governo do Paraguai, liderado pelo conservador Santiago Peña, manifestou apoio “ao povo de Israel e ao direito de proteger sua existência” e disse que estava acompanhando “as ações levadas adiante por países aliados”.
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