Bomba dos EUA pode atingir alvos fortificados no Irã

Últimas atualizações em 18/06/2025 – 10:56 Por Redação GNI


O MOP GBU-57 ou Massive Ordnance Penetrator (Penetrador de Artilharia Massiva, em português), uma bomba gigante de fabricação americana, é considerada a arma mais poderosa com capacidade de atingir alvos do programa nuclear que estão protegidos em áreas subterrâneas no Irã.

Contudo, ela nunca foi testada em guerra e seu uso ainda é vetado pelos EUA, o único país que possui o artefato e a aeronave capaz de lançá-lo.

Pesando quase 14 kg, o MOP GBU-57 é desejado por Israel justamente por seu impacto bélico: envolto em uma liga de aço de alta densidade, o artefato de seis metros de comprimento é lançado em um ângulo de 45º e pode perfurar e destruir completamente bunkers que estejam a muitos metros de profundidade. A bomba foi projetada para adentrar cerca de 60 metros antes de explodir.

Um dos alvos mais visados de Israel é a usina nuclear iraniana de Fordow, localizada a quase 100 quilômetros de Teerã dentro de uma montanha. A instalação foi construída há mais de uma década a 80 metros de profundidade do solo, aproximadamente, e é considerada a mais fortificada do Irã. Acredita-se que o local é protegido por sistemas de mísseis terra-ar iranianos e russos.

Em 2023, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que o Irã estaria produzindo urânio enriquecido a 83,7% de pureza em Fordow, nível de enriquecimento próximo aos 90% que são necessários para criar armas nucleares.

Segundo o The New York Times, citando fontes militares familiarizadas com o assunto, atualmente Israel não tem capacidade bélica própria para atingir as instalações mais fortificadas do Irã e os EUA impediram o país de obter o “destruidor de bunkers” até o momento.

Por enquanto, de acordo com o jornal americano, Israel estuda atingir usinas de geração e transmissão de energia mais acessíveis que são necessárias para a operação da instalação.

Ao The Wall Street Journal (WSJ), Mick Mulroy, ex-subsecretário adjunto de Defesa dos EUA para o Oriente Médio, afirmou que destruir as principais instalações nucleares do Irã exigiria pelo menos seis bombas gigantes americanas. O desenvolvimento e refinamento do MOP GBU-57 teve um custo aproximado de US$ 400 milhões.

Sobre a preocupações com possíveis acidentes radioativos, durante os primeiros bombardeios israelenses em Natanz, a AIEA registrou contaminação radiológica e química no local, no entanto a radiação foi considerada “normal” na parte externa.

O vice-presidente de segurança de materiais nucleares do grupo de estudos Nuclear Threat Initiative, Scott Roecker, apontou que, se as instalações de Fordow fossem atingidas, “não haveria risco de contaminação por radiação fora do local”. A AIEA manifestou “preocupação” com um possível bombardeio contra Fordow.

Caso os americanos entrem diretamente na guerra Israel-Irã, a bomba gigante possivelmente seria usada contra o programa nuclear de Teerã.

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