Israel prorroga estado de emergência até final de junho
Últimas atualizações em 15/06/2025 – 13:10 Por Gazeta do Povo | Feed
O governo de Israel decidiu estender o estado de emergência em todo o país até o final de junho, em razão da intensificação do conflito com o Irã. A medida foi adotada originalmente ainda na madrugada de sexta-feira (13), quando Tel Aviv iniciou uma série de bombardeios em território iraniano e se preparava para uma contraofensiva.
Neste domingo (15), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou a cidade de Bat Yam, próxima a Tel Aviv, onde um míssil iraniano atingiu um edifício residencial, matando seis pessoas — incluindo duas crianças. Durante a visita, o premiê afirmou: “O Irã pagará um alto preço por matar civis, mulheres e crianças intencionalmente. Atingiremos nosso objetivo de uma só vez.”
Netanyahu lamentou as mortes e reforçou a importância de seguir os protocolos de segurança: “Quem ouviu as instruções e estava em uma zona protegida, se salvou. Quem não o fez, infelizmente, ficou ferido.”
O chefe de governo esteve acompanhado do ministro da Defesa, Israel Katz, entre outras autoridades.
Também neste domingo (15), o presidente israelense Isaac Herzog visitou a mesma região e defendeu a ofensiva como necessária para alterar o equilíbrio geopolítico da região.
“Nosso objetivo com essa operação sem precedentes é mudar a realidade no Oriente Médio. O Irã está armando nossos inimigos e avançando em sua capacidade nuclear, que representa uma ameaça real à humanidade.”
Israel busca apoio dos EUA para destruir instalações nucleares
Segundo o portal americano Axios, Israel estaria pedindo apoio dos Estados Unidos a participarem diretamente do conflito, pois carece de bombas antibunker e aeronaves de longo alcance para atingir instalações nucleares subterrâneas, como a usina de Fordow, construída dentro de uma montanha.
Netanyahu usou uma comparação para alertar sobre os riscos: “O que aconteceria se o Irã tivesse não um, mas 20 mil mísseis nucleares? É uma ameaça existencial para Israel. Por isso, embarcamos em uma guerra de salvação contra uma dupla ameaça de aniquilação, com vigor — nossos soldados e pilotos já estão nos céus do Irã”.
Membros da Guarda Revolucionária mortos
Enquanto isso, a agência iraniana Tasnim confirmou a morte de quatro integrantes da Guarda Revolucionária Iraniana em um ataque israelense neste domingo (15) na província de Coração do Sul. A imprensa local também relatou novos ataques a instalações militares em Isfahan e a uma fábrica de eletrônicos em Shiraz, além de bombardeios a alvos civis e estruturas de segurança em Teerã.
Embora os números oficiais não tenham sido atualizados por Teerã, a mídia iraniana reporta que pelo menos 180 pessoas morreram desde o início da ofensiva israelense, que já dura três dias. Entre os alvos atingidos estariam instalações nucleares, refinarias de petróleo, centros militares e residências.
Gazeta do Povo
Sob a licença da Creative Commons (CC) Feed
Descubra mais sobre Rede GNI
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.