Morre Violeta Chamorro, primeira mulher presidente da Nicarágua
Últimas atualizações em 14/06/2025 – 16:57 Por Gazeta do Povo | Feed
Morreu neste sábado (14), aos 95 anos, a ex-presidente da Nicarágua Violeta Barrios de Chamorro, que governou o país de 1990 a 1997 após derrotar o atual ditador do país, Daniel Ortega, que tentava ser reeleito ao fim de seu primeiro mandato.
Primeira mulher a ocupar a presidência de um país das Américas por meio de eleição direta, ela estava em San José, na Costa Rica, onde enfrentava complicações do Alzheimer e de um acidente vascular cerebral que sofrera em 2018.
A morte foi comunicada por sua família por meio de uma nota divulgada em redes sociais. “Dona Violeta faleceu em paz, rodeada pelo carinho e amor de seus filhos e das pessoas que lhe ofereceram um cuidado extraordinário”, afirma o texto, assinado por seus quatro filhos.
“Seus restos mortais repousarão temporariamente em San José, Costa Rica, até que a Nicarágua volte a ser uma República e seu legado patriótico possa ser honrado em um país livre e democrático.”
Afastada da vida pública há duas décadas, ela saiu de seu país e se mudou para a Costa Rica em outubro de 2023 para ficar perto de seus filhos – três dos quatro, exilados por se oporem ao regime de Ortega.
“Agradecemos aos nicaraguenses, em todas as partes do mundo, por suas orações e sua solidariedade, e especialmente ao povo e ao governo da Costa Rica, que a acolheu durante estes últimos anos de sua vida”, finaliza o comunicado de sua família.
Nascida em 18 de outubro de 1929 na cidade de Rivas, no litoral sul do Pacífico da Nicarágua, Violeta Barrios Torres ficou conhecida como Violeta Chamorro pelo primeiro sobrenome de seu marido, o jornalista Pedro Joaquín Chamorro Cardenal.
Nas eleições de fevereiro de 1990, ela derrotou Ortega com 54,7% dos votos, que tentava a reeleição à época. Ela concorria com a chapa de uma coalizão extinta de 14 partidos que compunham a União Nacional de Oposição (UNO).
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