FBI acusa Maduro de manter vínculo com facção criminosa

Um memorando do FBI divulgado em reportagem do jornal The New York Times nesta quarta-feira (28) afirma que autoridades do regime da Venezuela teriam facilitado a entrada de membros da facção criminosa Tren de Aragua nos Estados Unidos, com o objetivo de “minar a segurança pública” norte-americana. O documento, tornado público por decisão judicial, destaca ainda que decisões estratégicas envolvendo o uso do grupo criminoso nos EUA estariam passando diretamente pelo aval do ditador venezuelano, Nicolás Maduro.

“O FBI avalia que alguns funcionários do governo venezuelano provavelmente facilitam a migração de membros do TdA [Tren de Aragua] da Venezuela para os Estados Unidos para avançar o objetivo do regime de Maduro de minar a segurança pública nos Estados Unidos”, cita o documento. O FBI acrescentou ainda que integrantes da ditadura venezuelana “provavelmente usam membros do Tren de Aragua como representantes”.

O memorando do FBI foi anexado a processos judiciais que contestam a decisão do governo Trump de usar a Lei de Inimigos Estrangeiros, promulgada em 1798, para deportar imigrantes acusados de ligação com o Tren de Aragua, sem ter que enfrentar um longo processo legal. A decisão do governo americano baseou-se na premissa de que a facção venezuela age sob controle do regime de Caracas, o que justificaria sua remoção imediata. Recentemente, cortes federais suspenderam as deportações, questionando a aplicabilidade da lei a casos de imigração.