30 anos de um dos melhores filmes de todos os tempos: ‘Se7en’

(Gazeta do Povo) Os 30 anos de “Se7en”, um dos maiores thrillers policiais da história do cinema

Últimas atualizações em 17/05/2025 – 09:33 Por Redação GNI

Há exatos 30 anos, o final de um filme fez multidões pularem nas poltronas dos cinemas: Se7en – Os Sete Crimes Capitais, de David Fincher, assombrou multidões em 1995 e foi, provavelmente, o filme mais assustador desde O Silêncio dos Inocentes, feito quatro anos antes.

A história de dois policiais – o veterano William Sommerset (Morgan Freeman), prestes a se aposentar, e o novato e esquentadinho David Mills (Brad Pitt) – às voltas com um assassino serial que comete crimes inspirados nos sete pecados capitais, foi a salvação da carreira de David Fincher, que havia sido criticado pelo fraco Alien 3, seu filme de estreia, e precisava de um sucesso para chamar de seu. O curioso é que o cineasta fez questão de dirigir o filme mais sangrento e bárbaro que poderia, sem atender a nenhuma concessão comercial. A ousadia deu resultado: Se7en rendeu dez vezes o orçamento e foi a sétima maior bilheteria do mundo em 1995.

A produção de Se7en foi marcada por lances de sorte e felizes coincidências: David Fincher não só não era a primeira opção para dirigir o filme – que quase acabou nas mãos de Guillermo Del Toro – como recebeu o roteiro por engano, mas gostou do que leu e procurou o roteirista Andrew Kevin Walker, que não estava conseguindo emplacar a história porque estúdios achavam o final macabro demais. Walker e Fincher combinaram que só fariam o filme com a condição de que o fim fosse mantido.

Para o papel de David Mills, Brad Pitt era a primeira opção, mas ninguém sabia se ele, à época marcado por papéis românticos, funcionaria num filme tão pesado e sombrio. Pitt estava cansado de interpretar galãs e recusou vários filmes mais caros para poder fazer Se7en. Já Morgan Freeman só ganhou o papel depois que atores como Al Pacino, Robert Duvall e William Hurt recusaram. O estúdio temia que juntar um ator branco e um negro numa dupla de policiais poderia levar a comparações com a franquia Máquina Mortífera, que tinha Mel Gibson e Danny Glover como parceiros, mas Fincher insistiu com Freeman.



Já o papel do assassino, que ficaria com Kevin Spacey, quase foi interpretado – acredite – por Michael Stipe, cantor da banda de rock R.E.M. Outros nomes cotados foram os de Val Kilmer e Ned Beatty, que recusaram (Beatty disse que o roteiro era “a coisa mais pesada” que ele já tinha lido).

Aos trancos e barrancos, Fincher fez Se7en à sua maneira e criou um thriller policial com visual gótico e cenas inesquecíveis. A maneira como o genial Darius Khondji, um iraniano que trabalhou com Woody Allen, Wong Kar-Wai e Bong Joon-ho, fotografa a metrópole suja onde se passa a história, com uma luz marcadamente verde, colabora para o clima um tanto surrealista e decadente do filme. É um dos grandes thrillers policiais não só dos anos 1990, mas de todo o cinema.

  • Se7en – Os Sete Crimes Capitais
  • 1995
  • 127 minutos
  • Indicado para maiores de 16 anos
  • Disponível no Max e para locação e compra no Google Play, Amazon e Microsoft

Texto de André Barcinski, especial para a Gazeta do Povo
https://www.gazetadopovo.com.br/cultura/30-anos-se7en-maiores-thrillers-policiais-historia-cinema/

Edição: Léo Vilhena @LeoVilhenaReal



Descubra mais sobre Grupo de Notícias Internacionais

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

error: CONTEÚDO PROTEGIDO

Descubra mais sobre Grupo de Notícias Internacionais

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading


AJWS   ThemeGrill   Wordpress   Cloudflare   Wordfence   Wordfence