Iate que afundou e matou 7 pessoas foi atingido por ventos de 120 km/h
O documento ainda apontou que um aumento súbito na velocidade do vento fez o iate inclinar-se 90 graus em menos de 15 segundos. Mike Lynch, conhecido como 'Bill Gates do Reino Unido', e sua filha estavam entre as vítimas.
Últimas atualizações em 15/05/2025 – 08:51 Por Redação GNI
O superiate que afundou ao largo da Sicília em agosto de 2024 foi derrubado por ventos superiores a 120 km/h, segundo um relatório provisório do Reino Unido divulgado nesta quinta-feira (15). A informação é da agência de notícias Reuters.
O Bayesian, de 56 metros de comprimento, estava ancorado próximo ao pequeno porto de Porticello, perto de Palermo, quando provavelmente foi atingido por uma forte rajada descendente de vento, matando Lynch, sua filha Hannah e outras cinco pessoas, informou o Departamento de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido.
A investigação concluiu que, com a quilha retrátil do iate na posição elevada, ventos laterais acima de 117 km/h eram suficientes para derrubar o Bayesian. O relatório também indicou que era possível que o iate fosse vulnerável até mesmo a ventos de velocidade inferior.
Essas vulnerabilidades não estavam identificadas no manual de estabilidade a bordo e, portanto, eram desconhecidas tanto pelo proprietário quanto pela tripulação do iate.
“As conclusões indicam que o vento extremo enfrentado pelo Bayesian foi suficiente para fazê-lo tombar”, disse Andrew Moll, Inspetor-Chefe de Acidentes Marítimos. “Além disso, uma vez que o iate se inclinou além de 70 graus, a situação tornou-se irreversível.”
O relatório apontou que um aumento súbito na velocidade do vento fez o iate inclinar-se 90 graus em menos de 15 segundos.
A água entrou pelos corrimões do lado de estibordo e, em questão de segundos, invadiu a embarcação pelos vãos das escadas. Cerca de 18 minutos depois, o iate afundou em um mar com 50 metros de profundidade.
O Bayesian foi construído em 2008 pela Perini Navi, fabricante italiana de iates de luxo. Ele possuía o maior mastro de alumínio do mundo, com 72 metros de altura.
Giovanni Costantino, CEO do Italian Sea Group, que é dono da Perini, afirmou em agosto que o iate era “um dos barcos mais seguros do mundo” e “basicamente inafundável”.
A empresa não comentou imediatamente o relatório do Reino Unido.
REUTERS
Descubra mais sobre Rede GNI
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.