O depoimento de quem viu o holocausto

George Leitmann, atualmente com 99 anos, é uma testemunha viva dos horrores do holocausto.

Últimas atualizações em 09/05/2025 – 10:40 Por Redação GNI

O que há de pior no ser que se chama de humano é negar que o maior crime da história sequer tenha existido.

O número exato de vítimas do holocausto, talvez, nunca saberemos com exatidão, porém, os números oficiais indicam que 6 milhões de pessoas foram executadas durante o holocausto. Com tristeza, afirmo, que acredito que 6 milhões não retratam a realidade.

Assistindo a diversos documentários históricos, diria de 8 a 10 milhões de inocentes executados.

Mesmo perante tantas evidências e documentos, existem pessoas que negam a existência do Holocausto.
A negação do Holocausto é um tipo de antissemitismo que se manifesta na forma de negação ou minimização do genocídio perpetrado pelos nazistas contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial. 
Negacionistas frequentemente argumentam que o Holocausto foi uma invenção ou exageração para promover a criação de Israel ou para obter reparações financeiras.
Eles tentam desqualificar ou distorcer as evidências históricas que comprovam o Holocausto, como documentos, testemunhos e fotografias.
Alguns negacionistas afirmam que o Holocausto foi uma conspiração judaica para obter vantagens políticas ou econômicas.
A negação do Holocausto é muitas vezes associada a ideias antissemitas que culpabilizam judeus por seus próprios problemas e justificam a perseguição. 
A negação do Holocausto causa sofrimento e ofensa aos sobreviventes e descendentes das vítimas, além de desrespeitar a memória de milhões de pessoas assassinadas.
Negacionistas utilizam a internet para espalhar desinformação e teorias conspiratórias, que podem influenciar a opinião pública e promover o ódio. 
A negação do Holocausto pode minar a confiança na democracia e na história, criando um ambiente propício para o fascismo e o autoritarismo. 
É fundamental combater o negacionismo do Holocausto, por meio de educação, memória e justiça.
A história é fundamental para entender o presente e evitar que o passado se repita. 
É importante denunciar as informações falsas e promover o respeito à memória das vítimas do Holocausto. 

DEPOIMENTO DE GEORGE LEITMANN

Quando George Leitmann veio à Alemanha pela primeira vez, ele tinha 19 anos. Foi na primavera de 1945, pouco antes do fim da Segunda Guerra mundial na Europa. Em todas as frentes, soldados americanos, soldados britânicos e o Exército Vermelho soviético avançavam para libertar a Europa dos crimes do nazismo sob Adolf Hitler.

Quando Leitmann e seus companheiros do 286º Batalhão de Pioneiros do 6º Exército dos EUA pisaram em solo alemão, a guerra ainda estava em andamento. A situação nos vilarejos do sul da Alemanha era confusa. “A linha de frente era extremamente fluida”, recorda. Nos últimos meses da guerra, a Wehrmacht e a organização paramilitar Schutzstaffel (SS) lutavam com todas suas forças para tentar salvar o regime nazista da ruína.

“Quando chegamos no campo de concentração de Kaufering, perto de Munique, meus camaradas ficaram horrorizados. Estavam enojados com as ações dos alemães. Mas, para mim, imediatamente surgiu uma conexão com meu pai. Quando encontrávamos pessoas libertadas, eu sempre tinha a esperança de rever meu pai.”

O campo de concentração de Kaufering, na Baviera, era composto por onze campos diferentes. Os nazistas deportaram 23 mil pessoas para lá. A maioria deles eram judeus do Leste Europeu que tiveram que realizar trabalhos forçados para a indústria de armamentos alemã. Ao fim, foram todos assassinados – ou, como se dizia, “exterminados pelo trabalho”.

Quando George Leitmann entrou no campo libertado em abril de 1945 foi como se “um mundo do Inferno de Dante” se abrisse para ele. “Havia cadáveres por toda parte. Muitos deles ainda fumegavam porque os alemães tentaram queimá-los. Mas, como as pessoas eram apenas pele e osso, [os corpos] não queimaram.” Imagens como essa o perturbam até hoje durante a noite.


Prova do Holocausto
Esta foto foi tirada por George Leitmann em 1945 no campo de concentração de Kaufering após a libertação: milhares de judeus da Europa Oriental foram torturados e assassinados aqui

Esta foto foi tirada por George Leitmann em 1945 no campo de concentração de Kaufering após a libertação: milhares de judeus da Europa Oriental foram torturados e assassinados aqui


O então soldado americano George Leitmann descansando em um veículo militar em 1945
O então soldado americano George Leitmann descansando em um veículo militar em 1945

George Leitmann, 99 anos, mora em Berkeley, Califórnia, desde 1956
George Leitmann, 99 anos, mora em Berkeley, Califórnia, desde 1956


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Léo Vilhena

Editor-Chefe e Jornalista da Rede GNI | Twitter  (X) @LeoVilhenaReal

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