O depoimento de quem viu o holocausto
George Leitmann, atualmente com 99 anos, é uma testemunha viva dos horrores do holocausto.
Últimas atualizações em 09/05/2025 – 10:40 Por Redação GNI
O que há de pior no ser que se chama de humano é negar que o maior crime da história sequer tenha existido.
O número exato de vítimas do holocausto, talvez, nunca saberemos com exatidão, porém, os números oficiais indicam que 6 milhões de pessoas foram executadas durante o holocausto. Com tristeza, afirmo, que acredito que 6 milhões não retratam a realidade.
Assistindo a diversos documentários históricos, diria de 8 a 10 milhões de inocentes executados.
DEPOIMENTO DE GEORGE LEITMANN
Quando George Leitmann veio à Alemanha pela primeira vez, ele tinha 19 anos. Foi na primavera de 1945, pouco antes do fim da Segunda Guerra mundial na Europa. Em todas as frentes, soldados americanos, soldados britânicos e o Exército Vermelho soviético avançavam para libertar a Europa dos crimes do nazismo sob Adolf Hitler.
Quando Leitmann e seus companheiros do 286º Batalhão de Pioneiros do 6º Exército dos EUA pisaram em solo alemão, a guerra ainda estava em andamento. A situação nos vilarejos do sul da Alemanha era confusa. “A linha de frente era extremamente fluida”, recorda. Nos últimos meses da guerra, a Wehrmacht e a organização paramilitar Schutzstaffel (SS) lutavam com todas suas forças para tentar salvar o regime nazista da ruína.
“Quando chegamos no campo de concentração de Kaufering, perto de Munique, meus camaradas ficaram horrorizados. Estavam enojados com as ações dos alemães. Mas, para mim, imediatamente surgiu uma conexão com meu pai. Quando encontrávamos pessoas libertadas, eu sempre tinha a esperança de rever meu pai.”
O campo de concentração de Kaufering, na Baviera, era composto por onze campos diferentes. Os nazistas deportaram 23 mil pessoas para lá. A maioria deles eram judeus do Leste Europeu que tiveram que realizar trabalhos forçados para a indústria de armamentos alemã. Ao fim, foram todos assassinados – ou, como se dizia, “exterminados pelo trabalho”.
Quando George Leitmann entrou no campo libertado em abril de 1945 foi como se “um mundo do Inferno de Dante” se abrisse para ele. “Havia cadáveres por toda parte. Muitos deles ainda fumegavam porque os alemães tentaram queimá-los. Mas, como as pessoas eram apenas pele e osso, [os corpos] não queimaram.” Imagens como essa o perturbam até hoje durante a noite.
Prova do Holocausto
Esta foto foi tirada por George Leitmann em 1945 no campo de concentração de Kaufering após a libertação: milhares de judeus da Europa Oriental foram torturados e assassinados aqui


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