O nome ‘Jesus’ é proibido pelo Vaticano
Os papas devem evitar usar o nome Jesus, afirma o téologo e historiador Andrew Boyd.
Últimas atualizações em 23/04/2025 – 15:47 by Redação GNI
A escolha dos nomes papais, é extremamente importante na Igreja católica e no Vaticano, porém, embora não exista uma regra formal, alguns nomes são proibidos por todos os papas ao longo da história da Igreja Católica.
“Jesus II seria basicamente uma blasfêmia”, explica o professor de Teologia Andrew Boyd, falando em um fórum na internet.
“Não há sucessor de Jesus. Ele era divino. Os papas são apenas homens.” Para ele, se um cardeal eleito tivesse o nome de batismo Jesus, certamente adotaria outro nome ao assumir o cargo.
Outro nome ausente na história do papado é Pedro. Muitos consideram que usá-lo seria arrogante demais, por se tratar do primeiro papa e uma figura central na fundação da Igreja. Boyd lembra que cerca de dezesseis papas eleitos tinham Pedro (ou uma variação como Pietro ou Peter) como nome de batismo, mas todos preferiram não usá-lo como nome pontifício. Além disso, há uma antiga “profecia” — considerada sem base factual — que diz que o último papa da história seria Pedro II. Isso pode não ter valor teológico, mas o respeito ao nome pesa.
Entre reverência, tradição e cautela simbólica, nomes como Jesus, Pedro, Judas e até José — o pai terreno de Jesus — devem ficar de fora da lista de possibilidades para o próximo pontífice.
A saber, a escolha do nome pontifício é uma tradição que remonta ao século VI, quando João II decidiu não usar seu nome de batismo, Mercúrio — o deus romano do comércio — por considerá-lo inadequado.
Desde então, tornou-se comum que o novo papa troque seu nome ao assumir o posto. Mais do que uma formalidade, essa escolha costuma refletir homenagens aos apóstolos ou a pontífices anteriores, além de indicar a linha de atuação desejada.
Quando Karol Wojtyla se tornou João Paulo II, por exemplo, quis deixar claro que daria continuidade ao projeto reformista de seus antecessores.
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