Quais são os próximos passos da Igreja Católica após a morte do papa Francisco
Do funeral ao Conclave, passo a passo para a escolha do novo Papa
Últimas atualizações em 21/04/2025 – 09:37 by Redação GNI
A morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21) coloca a Igreja Católica em um período conhecido como “Sé vacante”.
Durante esta fase, o Vaticano dá início aos preparativos para o funeral do pontífice e para a escolha de um novo líder.
Francisco tinha 88 anos e ficou 12 anos à frente da Igreja Católica.
Com a morte do papa, agora a Igreja passa a ter uma espécie de governo temporário.
Parte dos religiosos que compõem a cúpula do governo do Vaticano perde suas as funções, e decisões urgentes ficam a cargo de um Colégio dos Cardeais.
Durante a Sé vacante, que é o período em que os católicos ficam sem um papa, o camerlengo conduz os trabalhos da Igreja e prepara a transição de governo.
Ele também ajuda a organizar o Conclave, que elegerá um novo líder. Atualmente, o cargo é ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell.
Antes disso, no entanto, a Igreja seguirá uma série de ritos, com destaque para as cerimônias fúnebres de Francisco.
A MORTE DE FRANCISCO https://redegni.com.br/2025/04/21/morre-o-papa-francisco/
As cerimônias começam já nas próximas horas desta segunda-feira, segundo anunciado pelo Vaticano. Os horários a seguir estão no horário de Brasília:
- 14h: missa de sufrágio do papa Francisco. Cerimônia ocorrerá na Basílica de São João de Latrão, em Roma, e será realizada pelo cardeal Baldo Reina.
- 15h: rito de constatação da morte e deposição do corpo de Francisco no caixão. A cerimônia ocorrerá na capela privada do papa e será presidida pelo camerlengo Farrell.
Após a morte do papa, o governo fica confiado ao camerlengo, que é responsável pela administração dos bens e do Tesouro do Vaticano. Atualmente, o cargo é ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell.
Entre as funções do camerlengo está a organização da transição durante a Sé Vacante, o período em que a Igreja Católica fica sem um pontífice. Ele também é responsável por atestar a morte do papa e assumirá temporariamente o Palácio Apostólico, residência oficial do papa.
Enquanto o camerlengo mantém a autoridade administrativa, cabe ao Colégio dos Cardeais discutir assuntos comuns ou inadiáveis da Igreja.
E, desse grupo, 138 cardeais com menos de 80 anos estão aptos a participar da eleição do novo papa, sendo sete brasileiros.
Antes do início da votação para eleger um novo papa, chamada de Conclave, o Colégio dos Cardeais participa de reuniões chamadas “Congregações Gerais”. Nesses encontros, os religiosos votam para decidir questões governamentais da Igreja.
A MORTE DE FRANCISCO https://redegni.com.br/2025/04/21/morre-o-papa-francisco/
As congregações ocorrem diariamente e começam antes mesmo do fim dos “novendiales”, período de nove dias de missas em memória do papa falecido.
Uma das primeiras decisões tomadas nesses encontros é o estabelecimento do dia, da hora e do modo como o corpo do papa será levado para a Basílica de São Pedro para ser exposto aos fiéis.
Os cardeais também organizam os detalhes do Conclave e auxiliam na preparação dos ambientes de votação e dos aposentos para acomodar os religiosos, além de definir a data para o início da eleição.
O Colégio dos Cardeais fica impedido de fazer mudanças profundas na estrutura da Igreja Católica, como a alteração ou correção de leis determinadas pelos papas.
Além disso, quando o papa morre, quase todos os religiosos que ocupam cargos na cúpula do Vaticano deixam suas funções, como o Cardeal Secretário de Estado e os responsáveis pelos departamentos do governo, chamados de Dicastérios da Cúria Romana.
Continuam no cargo, além do camerlengo:
- O Penitenciário-Mor, responsável pelo Supremo Tribunal;
- O Cardeal Vigário-Geral para a Diocese de Roma, responsável por administrar a diocese do papa;
- O Cardeal Arcipreste da Basílica do Vaticano, responsável pelo templo;
- O Vigário-Geral para a Cidade do Vaticano, que supervisiona a assistência pastoral dentro do território vaticano.
- O Esmoleiro Apostólico, que exerce a caridade para os pobres em nome do papa.
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O Colégio dos Cardeais fica impedido de fazer mudanças profundas na estrutura da Igreja Católica, como a alteração ou correção de leis determinadas pelos papas.
Além disso, quando o papa morre, quase todos os religiosos que ocupam cargos na cúpula do Vaticano deixam suas funções, como o Cardeal Secretário de Estado e os responsáveis pelos departamentos do governo, chamados de Dicastérios da Cúria Romana.
Continuam no cargo, além do camerlengo:
- O Penitenciário-Mor, responsável pelo Supremo Tribunal;
- O Cardeal Vigário-Geral para a Diocese de Roma, responsável por administrar a diocese do papa;
- O Cardeal Arcipreste da Basílica do Vaticano, responsável pelo templo;
- O Vigário-Geral para a Cidade do Vaticano, que supervisiona a assistência pastoral dentro do território vaticano.
- O Esmoleiro Apostólico, que exerce a caridade para os pobres em nome do papa.
Uma maneira tradicional de anunciar a escolha de um novo papa é por meio da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina. Se for branca, significa que a Igreja tem um novo pontífice. Por outro lado, se for escura, uma nova votação será realizada.
A fumaça é resultado da queima dos votos dos cardeais reunidos no Conclave. Para garantir a cor correta, substâncias químicas são adicionadas à combustão.
Em 2013, o Vaticano esclareceu que a fumaça escura era produzida por uma mistura de clorato de potássio, antraceno e enxofre, enquanto a branca é resultado da queima de clorato de potássio, lactose e colofônio.
A chaminé responsável pela liberação da fumaça funciona por meio de um sistema eletrônico, e os compostos químicos ficam armazenados em cartuchos específicos.
Além da fumaça branca, a eleição do novo papa é confirmada pelo toque dos sinos da Basílica de São Pedro.
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