Advogado é preso por agressão em Maceió; vídeo mostra mulher sangrando
O advogado João Francisco de Assis Neto, 47, foi preso na noite de ontem suspeito de agredir a companheira no apartamento dele, no bairro da Jatiúca, orla de Maceió. No fim da manhã de hoje, a prisão em flagrante foi convertida para preventiva pela Justiça, após a audiência de custódia.
João Neto, como é chamado, é famoso nas redes sociais e tem 2,1 milhões de seguidores no Instagram. A vítima, uma mulher de 25 anos com quem tinha união estável, afirmou ter sido agredida pelo advogado e relatou à polícia que ele a derrubou com um empurrão.
Ela conta que caiu e, ao bater o queixo no chão, teve um corte profundo e precisou ser levada para o hospital. Após receber atendimento, ela foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência.
Uma câmera de segurança do prédio flagrou o momento em que a mulher deixa o apartamento ensanguentada. João aparece em seguida, oferecendo um pedaço de pano para ela enxugar o sangue, mas ela nega.
Depois, o advogado é flagrado empurrando o pano à força no queixo da mulher. Um rastro de sangue fica no chão do andar. Outra pessoa aparece na gravação, mas não há detalhes de quem seria.
Segundo a polícia, João foi detido próximo ao hospital em que a vítima estava recebendo atendimento médico. Ele foi conduzido para Central Flagrantes, e autuado pelo crime de lesão corporal nos termos da Lei Maria da Penha.
“Diante dos fatos e das evidências apresentadas, a Polícia Civil realizou todo o protocolo e realizou lavratura do Auto de Prisão em Flagrante. A delegada Ana Luiza, coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher, determinou a instauração do inquérito policial para apurar todos os fatos ocorridos nesse caso de violência contra mulher”, diz a polícia em nota.
A delegada afirmou que a vítima alegou que eles tinham uma relação de união estável havia dois anos, e que já tinha sido agredida outras vezes, mas nunca havia prestado queixa contra João.
Em nota no Instagram, a defesa de João disse que vai se pronunciar sobre o caso após a audiência de custódia, que deve ocorrer ainda hoje.
A OAB informou que não se manifesta em casos que acontecem no âmbito privado dos advogados. “As medidas internas, que cabe ao Tribunal de Ética e a disciplina, são sigilosas, não pode podem ser comentadas”.
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