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Afastamento de jornalistas da ESPN por críticas à CBF gera onda de revolta

Depois de tecer críticas ao presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, na última segunda-feira (7), no “Linha de Passe”, da ESPN, seis jornalistas foram afastados do programa. A decisão, que não foi bem aceita pelos espectadores, gerou uma onda de revolta nas redes sociais.


Os internautas, que já vêm criticando a gestão de Ednaldo há algum tempo, ficaram ainda mais irritados após o posicionamento da emissora, que mantém uma parceria comercial com a CBF. No X, antigo Twitter, o caso chegou a ser o assunto mais comentado da rede social, na tarde desta quarta-feira (9).


Páginas dedicadas ao futebol e internautas apaixonados pelo esporte deram suas opiniões sobre o afastamento. Para falar sobre o caso e criticar o posicionamento da emissora, perfis usaram palavras como “censura”, “ditadura”, “absurdo” e “bizarro”.


“Vocês tem noção do quanto isso é triste? O que tá acontecendo com o Brasil?”, questionou um perfil. “A ditadura voltou? Isso é inacreditável!”, disse outro. “Isso aqui é um absurdo gigantesco. A CBF está censurando quem fala verdades sobre essa gestão de merd*, que está acabando com o futebol brasileiro aos muitos, nem é aos poucos e sim aos muitos. A CBF é uma vergonha e essa atitude da ESPN é um lixo”, desabafou um terceiro.


Outros internautas lamentaram o rumo que a emissora, criada no Brasil por José Trajano, tomou e relembraram a época em que era comandada pelo jornalista, demitido em 2016.


“A ESPN chegou no maior fundo do poço. Tudo o que grandes jornalistas construíram sob o comando do Trajano foi jogado na lata do lixo. Zero credibilidade, virou um lixo de canal”, opinou um perfil. “Quem acompanhou a ESPN no início dos anos 2000 sob a direção do Trajano e seu jornalismo esportivo independente deve está estarrecido com o que virou a emissora. Isso aqui é o surreal do surrealismo. Inacreditável!”, disse outro. “Imagina o desgosto do Zé Trajano em ver o canal que ele criou no Brasil virar isso aí”, apontou um terceiro.


Entenda o caso
– Em 4 de abril, a revista “Piauí” publicou uma matéria em que denuncia as extravagâncias da CBF na gestão de Ednaldo Rodrigues. Segundo a reportagem, o mandatário aumentou o salário dos presidentes das federações do futebol brasileiro de R$ 50 mil para R$ 215 mil, e estaria se aproveitando do cargo para objetivos pessoais, além de ter aproveitado das mordomias às custas da entidade durante a Copa do Mundo de 2022;
– Durante o programa “Linha de Passe”, exibido na segunda-feira (7), os jornalistas Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares debateram estas denúncias da gestão de Ednaldo;
– Antes do programa, Gian Oddi já havia anunciado em seu perfil do X que abordaria o tema naquela noite. “Manifestei ontem, no ‘Linha’, meu inconformismo com a pouca repercussão da matéria da @revistapiaui sobre a gestão da CBF. Muitos reforçaram que a própria ESPN pouco repercutiu (eu mesmo afirmei isso). Pois bem: informo que o Linha de Passe de hoje, 22h, será todo dedicado ao tema”, escreveu ele;
– A discussão no programa não foi bem recebida pela CBF, que possui uma parceria comercial com a emissora pela transmissão da Série B do Brasileirão. De acordo com informações do “UOL”, a entidade exigiu providências;
– A ESPN Brasil decidiu pelo afastamento dos seis jornalistas.

O DIA


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