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Famoso cantor peruano é brutalmente assassinado

Paul Flores, cantor peruano de uma conhecida banda de cúmbia — ritmo popular na América Latina — foi assassinado após um show em Lima, capital do Peru, na madrugada de domingo (16/03).

Um grupo não identificado disparou vários tiros contra o ônibus que transportava os integrantes da banda Armonía 10. Dois tiros, que foram fatais, atingiram o cantor.

A banda denunciou que, já há algum tempo, vinha recebendo ameaças e sendo alvo de tentativas de extorsão, nas quais era solicitado o pagamento de altas quantias em troca de proteção.

Eles haviam sofrido um ataque semelhante em dezembro passado, mas na ocasião não houve vítimas.

O Peru vive uma onda crescente de insegurança.

A morte de Flores, de 39 anos, conhecido como “Russo”, gerou comoção entre os artistas do país e desencadeou uma série de pedidos de renúncia do ministro do Interior, Juan José Santiváñez — a hashtag #FueraSantiváñez ganhou destaque nas redes sociais.

Em paralelo, o governo anunciou que vai decretar estado de emergência em Lima e Callao “com o envio de tropas das nossas Forças Armadas em apoio à Polícia Nacional”, informou o presidente do Conselho de Ministros, Gustavo Adrianzén, nas redes sociais.

O ataque

Paul Flores era, segundo a imprensa local, “um dos vocalistas mais queridos” do grupo.

Depois de passar um tempo em outra banda, ele retornou para a Armonía 10 há dois anos.

O ataque ocorreu na madrugada, quando o grupo, com cerca de 30 integrantes no total, se dirigia de uma apresentação para outra.

O motorista do ônibus e membro da Armonía 10, Charlie Beloachaga, contou à imprensa local que, depois da rajada de tiros, conseguiu ver uma motocicleta preta, e disse que os criminosos fugiram rapidamente.

Em seguida, de acordo com o relato de Beloachaga, eles ouviram Flores, que havia sido baleado duas vezes, gritando por socorro.

O primo de Paul Flores revelou que o cantor estava dormindo no momento do ataque e, por isso, não teve tempo de se deitar no chão para se proteger.

Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.

O corpo de Flores foi levado para Piura, sua cidade natal, onde o enterro deve acontecer nesta quarta-feira (19/03). Além disso, sua família anunciou que haverá uma “marcha branca pela paz”.

Revolta no mundo da música

Embora este não tenha sido o primeiro ataque contra a banda Armonía 10, o advogado da família de Paul Flores disse à imprensa local que “o que aconteceu foi algo completamente inesperado, algo que ninguém poderia ter previsto”.

Houve especulações de que o cantor teria sido alvo de extorsão ou ataques a nível pessoal, mas o advogado descartou esta possibilidade.

“Pelo que sabemos até o momento, não houve mensagens nem telefonemas de extorsão. Tampouco houve registros de atentados prévios”, afirmou. Ele disse ainda que as investigações estão em andamento para encontrar os possíveis responsáveis.

A banda divulgou um comunicado prestando solidariedade à família de Flores, e pedindo que a morte dele não fique impune.

Outras bandas também apresentaram suas condolências à família, e se juntaram ao apelo para que sejam tomadas mais medidas para combater a insegurança.

“Desde quando ser artista em nosso país se tornou algo perigoso?”, escreveu a cantora peruana Leslie Shaw, com quem Flores interpretou El pendejerete, uma música muito popular.

O Setor de Espetáculos Artísticos, Culturais e Afins (Arena) da Câmara de Comércio de Lima também condenou o assassinato de Paul Flores, e manifestou preocupação diante da crescente violência contra grupos musicais, empresários do setor e proprietários de estabelecimentos de entretenimento.

ANI


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